terça-feira, 1 de janeiro de 2013

E O ANO DE 2013 COMO SERÁ?


Estamos no fim de mais um ano. O que passou… feneceu! Dele, o que foi bom, fruímos; o que foi menos bom é para «deitar para trás das costas».

O presente (o nosso estado de espírito, o modo como vemos o mundo, como vemos os outros e projectamos o futuro…) é, porém, resultado de tudo o que nos lembramos do ano que está quase «morto» e dos que antes deste já estão «enterrados» … Há, no entanto, lembrança de assuntos por resolver, que afectam o presente e influenciam o que projectamos para amanhã, pelo que é urgente não «deixar para amanhã o que se pode (e deve) fazer hoje»: resolvê-los! O que vem de trás pesa mais, tem muitas «gorduras», não é saudável, especialmente o que interfere na manutenção e construção de relacionamentos amistosos, consistentes, importantes para hoje e amanhã. Ainda não perdoou? Ainda não pediu perdão? Então está na hora, antes de levar a carga (doentia, aliás…) para o amanhã que se avizinha.

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Tenho para mim que duas coisas desse passado, pelo menos, se devem «carregar» sem lamento (ao contrário, devem ser razão de «acção de graças» neste tempo de poucas convicções e muitas certezas efémeras…): A primeira é que Deus «não nos tratou segundo os nossos pecados, nem retribuiu segundo as nossas iniquidades. Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim (1) é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim (2) afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos, assim (3) o Senhor se compadece daqueles que o temem.» (Da Bíblia, Salmos 103: 10-13); a outra é que amanhã não vai ser diferente para os que o temem porque Ele não muda (está escrito: «Porque eu, o Senhor não mudo» - Da Bíblia, Malaquias 3:6) e «conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.» (Salmos 103:14)

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Como é comum, nesta altura, devemos fazer a nossa prognose do futuro (conjectura, prognóstico, nada mais do isso em termos puramente humanos, mas há eventos do futuro que nós podemos e devemos antecipar e viver de acordo com eles no presente pois integram o património espiritual de todo o cristão: (1) Jesus Cristo tomará para si a sua igreja e (2) haverá novos céus e nova terra…), mas sem esquecer essa nossa estrutura (somos pó): «Porque o homem, são seus dias como a erva; como a flor do campo, assim floresce; pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não conhece mais.» (Salmos 103: 15-16)

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E, do futuro, o que é que nos interessa mais, que dependa de nós e nos dê segurança?

Fazer uma obra com os melhores materiais dá-nos a segurança de que, vindo a tempestade, ela permanecerá de pé.

Ter confiança é fundamental para olhar para o futuro e enfrentá-lo sem medo.

É fundamental viver seguro e confiante, agora e…no futuro.

Assim, vamos prognosticar o nosso futuro na base do que temos por seguro e confiável:

Que é soberano, Senhor de tudo (nada do que pertence ao futuro lhe é estranho, estando tudo sob o seu controlo); que ama todos os que criou e até agora não lhes faltou com o seu amor (ofereceu salvação e um «aprisco» seguro); que não muda e a sua «palavra permanecerá para sempre, mais estável que o firmamento». (Salmos 119:89 ou, noutra versão, «Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanecerá no céu.»

De acordo com essas certezas, teremos refúgio no dia mau e meios de defesa na luta porque a nossa esperança está na Palavra dada ( «Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra.» Salmos 119:114); não andaremos nas trevas, vagueando, tacteando, pois «lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho.» (Salmos 119:105); não nos enganaremos (nem nos enganarão) pois «tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre.» (Salmos 119:161)

Essas são as nossas bases de confiança e nelas devemos apostar o nosso futuro.

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Mas não podemos esquecer-nos que muitos estão a pensar em como, no futuro, propagarão o engano, procurando abalar esses fundamentos, nem nos podemos esquecer que «também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.» (Da Bíblia, 2 Tm 2:12). O próprio Senhor Jesus avisou que «no mundo tereis aflições» (Da Bíblia, João 16:33).

Relembremos a garantia e confiança da Palavra e renovemos as nossas convicções, sem medo: (1) no futuro manter-nos-emos fiéis: «Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça…» (2 Tm 3:14-16); no futuro não esqueceremos a promessa da vinda do Senhor: o Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para connosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. (…) Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça. Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor. (…) Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.» (Da bíblia, 2 Pd 3 :1-18, extracto).

É de acordo com a Palavra de Deus que prognosticamos o futuro, procurando viver de acordo com ela.

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E quanto ao pão (o que devemos comer, vestir, calçar…), que também é importante, a nossa confiança está assente também na Palavra imutável de Deus: «Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão.» (Salmos 37:25) e, ainda, «Pois, Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.» Da Bíblia, Mt 6:30-34).

Feliz Ano Novo para todos (mesmo para os que «prognosticam» o futuro noutras bases, que o «amanhã» inclua um encontro pessoal com Deus…).

31 de Dezembro de 2012.

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