quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O propósito de «José Pessoa, Missionário por vocação»...


José da Cunha de Oliveira Pessoa é referência inelutável como Ministro do Evangelho, que deu ênfase ao trabalho pioneiro e missionário. Embrenhou-se, ainda jovem, na inóspita Guiné Portuguesa e percorreu o mundo, sempre à procura de apoios para a evangelização dos portugueses.
Na sua acção ministerial incentivava os jovens a escrever sobre apologética cristã e moderava os seus ímpetos; aconselhava com delicadeza, com recurso à persuasão, sem violentar consciências ou anular a liberdade de pensamento, sempre disponível para ouvir e dialogar; com modo ungido, sereno, simpático, inteligente, sensível, delicado e assimilável pregava e ensinava; interpretava, com entusiasmo, como se fosse ele o pregador, outros pregadores relevantes, com o retorno de muitos se confessarem pecadores e aceitarem a remissão dos pecados pelos méritos de Jesus Cristo; lidava com humildade e simpatia com todos quantos visitavam a igreja para ouvir a Palavra de Deus; relacionava-se com os crentes das várias regiões do país, em cujas casas era recebido com hospitalidade; praticava a caridade cristã em relação aos mais desfavorecidos, nomeadamente crianças a quem proporcionava simples brinquedos; agia, generosamente, com os companheiros do ministério que tinham necessidades particulares e os abençoava, com apoio financeiro, em particular pelo Natal; estimulava o esforço dos que queriam aprender para melhor servir a Causa do Mestre ou valorizar-se, emprestando ou oferecendo livros apropriados, regozijando-se com o êxito que alcançavam; conjugava os seus talentos com os de Mari Bakken, a sua dileta esposa, para apoiar famílias numerosas, com filhos jovens, dedicando-lhes tempo, interessando-se pelos respectivos assuntos e aconselhando com doçura; comportava-se de modo civilizado, sem perder a postura ou a calma, nas situações mais comuns do dia-a-dia; conjugava todas as suas virtudes de carácter quando exortava, abrindo a Bíblia e assinalando, fosse qual fosse o assunto, o texto que fundamentava o ensino que ministrava; reparando no que não estava bem, procurava oportunidade para, em privado e amorosamente, evidenciar o ensino bíblico atinente; sabia valorizar o ministério pastoral entendendo-o como um múnus abrangente de modo a servir as pessoas em vertentes múltiplas das suas necessidades, não o reduzindo à capacidade discursiva; dava exemplo de trabalho dedicado, exaustivo, permanente, sem baixar os braços; suportava, sem revolta, as muitas incompreensões, e até atitudes de desprezo, a que esteve sujeito; tratava com cavalheirismo os amigos e conhecidos; solidarizava-se com os companheiros de ministério que se viram em apuros por causa da acção persecutória dos agentes da igreja tradicional em vários locais recônditos do país; celebrava os êxitos na evangelização protagonizados por obreiros cujos recursos financeiros, muitas vezes, ajudou a granjear; sabia em todos os actos que praticava honrar o sublime nome de Jesus Cristo, o seu Mestre, o que até os que não alcançaram o dom da fé reconheceram.


Relembrar um tal percurso de vida é o primeiro e principal propósito de José Pessoa, missionário por vocação.


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