terça-feira, 21 de abril de 2015

Recantos do Mundo, um ponto de encontro...

Quando os temas nos invadem o pensamento não temos que resistir-lhes! (cuidado - alguns temas sobre os quais reflectimos merecem ficar a «marinar» até que seja útil a sua partilha...). Esta manhã, enquanto caminhava à beira-rio, dei-me a reflectir sobre este meu livro e a avaliar o significado que ele teve (primeiro para mim, depois para os meus amigos angolanos e, por fim, para quem investiu e acreditou no projecto).
Para mim significou «voltar» aos tempos da minha juventude, que foram muito felizes, apesar de tudo; aos tempos de muito ideais, entretanto alcançados, alterados ou abandonados; aos tempos em que, com pouco, se fazia muito...
Para os meus amigos angolanos significou «voltar» às origens do grande movimento espiritual e social que deu alento e esperança a milhares de pessoas, grande parte delas «escondidas» no mato, sem acesso à escola, aos cuidados básicos de saúde, sem esperança no futuro; significou para muitas crianças angolanas a passar necessidades um apoio simbólico ao programa de erradicação do paludismo num dos bairros limítrofes da cidade de Benguela.
Para quem investiu significou uma atitude de enorme arrojo. É que, além dos custos de produção da obra, era necessário, à partida, garantir que os direitos de autor fossem «quantificados» e doados ao ministério que apoiasse uma causa a favor dos angolanos. Nesta parte, embora tardio, justifica-se, da minha parte, um agradecimento à Casa Publicadora das Assembleias de Deus e ao seu Director à época, António Gonçalves, pelo empenho dado à causa (naturalmente pensando também no mérito da obra e na possibilidade de ela conquistar os leitores...). No tempo próprio encontrou-se o projecto que mereceu o apoio do autor, do editor e da CAPU, exclusiva distribuidora. Não sei quantas crianças foram ajudadas, mas valeu investir nesse projecto...
Finalmente - e isso surpreende-me em grande medida - apercebi-me, juntando as experiências que me proporcionaram este livro, que a obra ainda não é conhecida (muito menos foi lida...) por uma parte significativa dos que, à partida, eram os seus destinatários: os meus amigos da juventude, dos que participaram no apoio à expansão desse trabalho entre os angolanos durante 25 anos, dos que foram sempre protagonistas das causas de promoção da fraternidade com os angolanos.
Só falta um passo para concluir este projecto: que mais uns quantos leitores se interessem por ele e leiam a obra! A Casa Publicadora das Assembleias de Deus, que tem ainda o exclusivo da distribuição da obra, certamente regozijará com a visita desses meus amigos, em particular os que «revisitam», amiúde, as terras e gentes de Angola! Pode ser até que a obra agora tenha um custo mais acessível!  

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