«Quem tem uma mãe, tem tudo
Quem não tem mãe, não tem nada.»
Precisamente hoje, dia 20 de Abril de 2015, faz 50 anos que
comecei a confirmar, dia-a-dia, até hoje, a «sabedoria popular» …
Na adolescência, é terrível ficar sem mãe, mas não se tem
muita consciência disso. Só olhando para trás se sabe que a perda deixa marcas
que nada pode compensar...
Valeu-me muito ter uma irmã mais velha, que se fez minha
mãe, ou como se fosse minha mãe, ou assumindo o papel que cabia à mãe que
perdemos, e isso representa, na minha memória, no meu coração, olhando para
trás, a âncora que me salvou, que me deu alento para continuar a sonhar… Foi
com ela que partilhei – em silêncio durante muito tempo, em diálogo depois de a
vida nos amadurecer –, ao longo destes 50 anos, as memórias da minha mãezinha…
Fazem parte da nossa história comum. Um dia vou contá-las – se para tanto tiver
ocasião – deixá-las à posteridade…
Lembro-me que a minha mãezinha alimentou, aos 40 anos, uma
nova esperança, apesar da doença… Alimentou a sua fé, readquiriu confiança,
viveu tempos de grande expectativa, embora curtos, vislumbrou um futuro
diferente, longe dali, onde sempre viveu e nos gerou… Era isso: Deus estava a
prepará-la para a levar para bem longe, para junto de Si! Passaram 50 anos,
tenho dela uma grande e saudosa lembrança… Pretendo ainda «descobrir» por que
me deixou tão cedo, «sem nada»: Quem não tem mãe…
Sem comentários:
Enviar um comentário