segunda-feira, 19 de março de 2012

A diferença pode estar num livro…


Há dias, uma amiga nossa despediu-se. Voltava a Angola, donde é natural. Gostamos muito dela: simples, amável, solidária. Sugeri que lhe oferecêssemos um livro, expressando que teríamos saudades, mas que nos identificávamos naquela obra. Um livro de testemunhos de vida, de «Encontros com a vida». Foi a minha mulher quem me disse que ela ficou radiante:
«Não é costume receber ofertas… e logo um livro! Estou tão feliz…»
Já deve tê-lo lido. O avião «caminha» depressa, mas ainda são umas quantas horas de «caminho» até Luanda… Lê-lo-á aos poucos, estou certo. Repetirá a leitura, partilhá-la-á no bairro, com as amigas… Não interessa!
Gostou da oferta…
«E logo um livro!»
Estava eu nas minhas leituras, hoje, e deparei-me com uma história singular, antiga, verdadeira:
Sara Spurgeon, assim se chamava, era inválida e sentia-se frustrada…
Um dia, em conversa com o marido, manifestou-lhe o desejo de oferecer um livro a pessoas especiais em todo o país.
O marido perguntou-lhe:
«E por que não ofereces?»
Foi o que passou a fazer, acompanhando a obra duma pequena nota pessoal…
Até morrer ofereceu cerca de 200 mil livros (sim, leu bem: duzentos mil!) a numerosas pessoas.
Sabemos quão importante é comunicar.
Especialmente comunicar as palavras que souberam bem, as que lemos e passaram a fazer parte de nós… Por isso podemos partilhar o que «roubamos» aos autores, aos que escreveram livros que agora são nossos…
Associei esta história de vida àquela nossa experiência.
Podemos mandar um e-mail, um sms, fazer um telefonema…
Há certamente alguém que espera isso de nós.
Mas um livro!
Um livro… pode fazer a diferença!

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