segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Sinalizar a adversidade...

O único sobrevivente dum naufrágio fora parar a uma ilha desabitada.
Para se proteger e aos poucos bens que salvara construiu uma cabana com o que encontrou na natureza...
Ele era crente e orava todos os dias para que Deus o libertasse daquela prisão. Ansioso, momento a momento, lá ia olhando para o horizonte na mira de sinalizar um navio, um meio de salvamento... Mas em vão.
Certo dia, já habituado à rotina da ilha, foi caçar para comer. A dada altura, começou a ver fumo no local onde construira a cabana onde se abrigava... Regressou apressado e viu que a cabana estava em chamas e já não chegara a tempo de salvar os seus parcos haveres, que trouxera do navio naufragado...
Ficou lastimoso, abatido, em desespero...
As chamas consumiram tudo e o fogo extinguiu-se...
Passado algum tempo, quando levantou os olhos do chão e limpou as lágrimas, viu um barco que se aproximava da ilha...
A bordo, o capitão disse-lhe que vira o sinal de fogo na ilha o que lhe chamara a atenção, sabendo que a ilha estava desabitada... Sem o sinal não sairia da rota e não poderia tê-lo salvo...

***
Há circunstâncias adversas que são remidoras... Têm é que ser sinalizadas, em particular quando não as controlamos e dependemos de ajuda.
Pelo menos, sinalizemo-las no trono de Deus que fará delas uma autoestrada de escape... (pode mandar um navio, um avião... ou um amigo, o que for para nos livrar do aperto).

3 comentários:

  1. Só hoje me apercebi do teu blog. A história da adversidade sinalizada e possivelmente redentora é bonita e revela uma força e uma esperança invejáveis e tranquilizadoras.
    Na sexta ( 24) há Fado Vadio.
    Abraço
    José Barros

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. É verdade,José Barros,podemos acorrer a situações que conhecemos... por mais difícieis que sejam. Dêem-nos um sinal para partilhar a força disponível, ainda que seja para dizer que, por nós, com os nossos parcos recursos, não podemos «levar a carga» mas somos ainda capazes de conclamar pelas forças do...Céu!

      Já passou a sexta (24)! Um dia voltaremos ao convívio.

      Abraço.

      José Manuel Martins

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