sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Silêncio...

Nuvens negras começam a formar-se para lá dos Montes, aproximando a linha do horizonte... Vêm em direcção a Zau-Évua para fazer transbordar o leito do rio e renovar as águas lagunares onde os inocentes burros do mato dessedentam... pode ser que uns quantos javalis se tentem a sair do mato para beber a água cristalina, que ficará barrenta com a sua chafurdisse feliz. Uns e outros, por causa da sede e da atracção do novo, do fresco arriscarão a vida em contacto com um tiro duma certeira espingarda mauser, sempre ao colo dum pisteiro que, quando não conduz homens no mato, se dedica a apontar aos bichos de comer... Bom para o vago mestre, que poupa no atum, e para os que comem, fora do rancho, os "steaks" ou filé mignon dos ditos javalis... Mas o que quero mais, haja ou não rancho melhorado, é que as bátegas façam um barulho ensurdecedor no zincado tecto da caserna que me «corte» do mundo e me permita ficar sozinho... ouvindo só o silêncio dos Montes que repeliram as nuvens...

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