terça-feira, 9 de agosto de 2011

Homem contra homem: violência doméstica?

A notícia de referência do Diário de Notícias de hoje chamou-me a atenção particularmente:

A Polícia recebeu queixa de violência doméstica no dia 12 de Julho às sete da manhã. Jorge Nuno de Sá é casado desde Janeiro, mas atravessa uma fase de separação.

No dia 12 de Julho, por volta das sete da manhã, a PSP recebeu um pedido de ajuda. Carlos Eduardo Maceno de Sá, venezuelano de 25 anos, tinha sido alegadamente agredido pelo marido, Jorge Nuno de Sá, ex-deputado do PSD, com quem se casou a 31 de Janeiro deste ano.

Segundo fonte da PSP, o ambiente na residência do casal estava calmo, apesar do jovem massagista apresentar "escoriações no pescoço e dizer que o marido o tinha tentado asfixiar". Porém, a mesma fonte garantiu ao DN que o marido do antigo presidente da JSD encontrava-se "embriagado".

Contactado pelo DN, o social democrata - actualmente coordenador para a educação na Junta de Freguesia de Alcântara, em Lisboa - negou as acusações. "Não falo da minha vida privada, mas nunca agredi ninguém."

Carlos Maceno, de 25 anos, não quis igualmente comentar o assunto, mas adiantou ao DN que está separado do marido.


Homem contra homem! Um dizia que estava separado do marido (um homem), o outro certamente diria que estava separado da mulher (um homem)...

Não fora a extravagância de quem nos governa e não estaria um sexagenário como eu nesta confusão de conceitos. Afinal o que sempre me arrepiou foi que um homem batesse na sua mulher (o contrário, menos comum, também é verdadeiro...), que o pai ou a mãe batesse no filhos, sempre dentro de quatro paredes onde ninguém estava autorizado a entrar. Pior mesmo era que (ainda é) a «consciência» da família próxima e da vizinhança não estivesse despertada para o femómeno e, em regra, dissesse «entre marido e mulher não metas a tua colher»... deixando que a violência acontecesse e se transformasse num processo degradante de violação de direitos primários: a vida, o bem estar físico e psicológico...
Agora, nesta mudança de paradigma, quando ainda não está vencido o flagelo da violência na família (na qual, por regra, o agressor é o detentor do poder...)sou confrontado com este problema: um homem, adulto, bate noutro homem (adulto) e tenho que chamar a polícia porque, entre portas, está a ocorrer um «crime de violência doméstica»...

Para mim, apesar da lei, de estarem casados, de viverem conjugalmente, ainda é difícil entender que se lhes aplique o regime relativo ao crime de violência doméstica!

São grandinhos, que se entendam!

José Manuel Martins

Há dias, nem por acaso, estava a ler um texto de que respigo uma nota, que corresponde ao que penso dever ser, numa sociedade inspirada nos valores cristãos, o casamento:

(*) Este é o ensino apostólico que o secularismo actual pretende subverter admitindo a união conjugal entre indivíduos do mesmo sexo. O casamento é a união de um homem e de uma mulher, os quais se tornam uma «só pessoa», significando que passam a ter um desígnio comum (juntos de corpo e alma). Pode um indivíduo, de acordo com a lei do respectivo país, ter o direito de celebrar um contrato de casamento com outro do mesmo sexo (aliás, hoje, em Portugal, «casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas…», podendo sê-lo dois homens ou duas mulheres), mas se o exercer não pode pertencer à comunidade dos santos, a Igreja de Cristo por violação da prescrição divina.

Pode parecer conservador,retrógrado, ou o que quer que seja, mas é a matriz em que me identifico e modela a minha cosmovisão. Sem prejuízo das diferenças que andam por aí, como essa dum homem poder ser a mulher doutro homem...

1 comentário:

  1. Quando um homem bate numa mulher ou a mulher bate num homem também aplicamos a máxima "são grandinhos que se entendam"? Assim sendo é fantástico pois Portugal deixa de constar nos indicadores de violência doméstica... Parabéns pela ideia!

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