sexta-feira, 24 de junho de 2011

Angola: Seitas Religiosas (Duas sugestões de leitura).

É sempre muito sensível o trabalho daqueles que não se enquadram nos parâmetros da orientação religiosa maioritária num determinado país ou região e querem chegar às pessoas com a mensagem de que são arautos.
Chamou-me a atenção a carta da leitora, que transcrevo, publicada no Jornal de Angola, hoje.
Sempre a mesma matriz de oposição aos que vêem o mundo de modo diferente: não pensam como nós, são «seitas».
Voltei aos anos 50 do século passado e lembrei-me da acção dos missionários pentecostais no Cuanza Sul: arautos duma seita, ao serviço de interesses estrangeiros!
A história encarregou-se de mostrar que estavam ao serviço do povo e eram arautos de Jesus Cristo e do seu Evangelho!
Para os interessados no tema (especialmente os que agora, com as devidas adaptações, estão a ministrar o Evangelho em Angola e a investir recursos, humanos e financeiros, na obra social de apoio aos mais desfavorecidos, sugiro a leitura de ANGOLA – Memórias de Um Missionário, de Joaquim António Cartaxo Martins (2ª edição, à venda na FNAC) e RECANTOS DO MUNDO - O pentecostalismo em Angola – subsídios para a história das Assembleias de Deus, de José Manuel Martins (1ª Edição, à venda na CAPU)

Cartas do Leitor

Seitas religiosas
24 de Junho, 2011
As seitas religiosas continuam a preocupar os cidadãos pelas práticas contrárias à lei e fomentadoras de desavenças entre familiares.
Tenho conhecimento de casos de familiares que se separaram por seitas religiosas porem uns contra os outros, com mentiras.
Essas seitas religiosas incitam ao ódio e são a causa de desintegração de muitas famílias.
Que se faça um trabalho aturado para se travarem as actividades das seitas ilegais.
Há pessoas sem escrúpulos que causam a confusão no seio das famílias. E o pior de tudo é que muitos cidadãos pagam a supostos “pastores” para estes fazerem das suas, induzindo-os a pensar que o mal que acontece nas suas vidas é feito por familiares.
O Instituto Nacional de Assuntos Religiosos, do Ministério da Cultura, deve realizar campanhas de sensibilização, alertando para os perigos que representam as seitas religiosas que actuam ilegalmente no país.
Essas seitas actuam geralmente entre pessoas pobres e com um baixo nível de escolaridade, o que não é um mero acaso.
Entre pobres e analfabetos ou semianalfabetas mais facilmente podem enganar.
O Instituto Nacional de Assuntos Religiosos tem um grande trabalho pela frente, mas vale a pena fazê-lo para bem de toda a comunidade. A protecção e a estabilidade da família devem ser uma prioridade.

Margarida Luau | Bairro Cazenga

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