quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ninguém está na política para servir...

Esse é o mal!
No momento em que temos que escolher os governantes do país vem-nos à cabeça isso mesmo: «Ninguém está na política para servir». É a voz do povo que, por genérica, afasta muitas pessoas competentes, com experiência de vida (profissional, familiar, académica, sei lá...)da actividade política. Só se ouve falar de gente que se aproveita do cargo público, baseado no voto ou de confiança de quem foi eleito, para enriquecer, directamente ou por interposta pessoa, para cumprir a sua vaidade pessoal, para fazer carreira sem necessidade de dar provas profissionais, cívicas, morais em ambiente comunitário, atestadas pelas pessoas comuns. Só se vê gente que se esconde nas «listas partidárias» para chegar onde o seu mérito pessoal não lhe permitiria (Sei eu, por acaso, quem são os candidatos que compõem as listas partidárias que concorrem pelo meu círculo eleitoral? Nenhum deles se me apresentou e o que sei fui recolher à imprensa ou à net onde estão as fotos e o currículo para eleitor...ler!); só se vê gente que associa interesses pessoais, empresariais, corporativos à actividade politica que se propõe exercer se for eleito. Gente tão afastada de nós não pode representar-nos! Mesmo que quisesse, não conhece o nosso pensamento, as nossas necessidade... Defenderá, isso sim, de acordo com o regime, o que for imposto pelas cúpulas do partido por que concorre.
Depois, também sucede que o povo, apesar de votar e eleger, passa a vida a apontar o dedo aos políticos, numa desconfiança doentia (especialmente a parte do povo que não está enquadrada partidariamente ou estando não tem representantes em posições de distribuir benesses...), afastando, ab initio, aqueles (serão, infelizmente, poucos tem que se dizer...)que têm vocação para servir a causa pública, dar-se aos outros. Já imaginamos um candidato dizer, alto e bom som, como lema da sua campanha: «Estou aqui para servir os outros, os que votarem em mim...»? Seria alvo de chacota, de ridicularização pública. Ninguém acredita nisso!
Portanto, quando formos, mais uma vez, votar, tomemos em consideração que estamos a perpetuar este sistema em que uns quantos se sacrificam para ser eleitos para depois fazer o que lhes dá na real gana! Afinal, foram escolhidos pelos partidos e só a estes devem...lealdade, serviço!
Se quiser testar se o povo tem razão, candidate-se a qualquer coisa que dependa do voto!

2 comentários:

  1. Boa reflexão!!!
    Posso ser considerado ... 'ingénuo', 'optimista inconsequente', "whatever"... mas sou dos que ainda não deixaram de colocar a hipótese: "E um Cristão na Política, não seria diferente?..."
    Claro: imagino ao que se teria que sujeitar - mas não será esse, também 'um preço' a pagar?
    (A propósito: quis partilhar esta reflexão na minha página do FB mas ... obtive a informação de que o 'link' não existe...)
    Um abraço.
    Joel A. S. Melancia

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  2. Boa reflexão!!!
    Posso ser considerado ... 'ingénuo', 'optimista inconsequente', "whatever"... mas sou dos que ainda não deixaram de colocar a hipótese: "E um Cristão na Política, não seria diferente?..."
    Claro: imagino ao que se teria que sujeitar - mas não será esse, também 'um preço' a pagar?
    (A propósito: quis partilhar esta reflexão na minha página do FB mas ... obtive a informação de que o 'link' não existe...)
    Um abraço.
    Joel A. S. Melancia

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