sábado, 5 de junho de 2010

Lançamento da Biografia (ou autobiografia?) de Joaquim Cartaxo Martins

Lemos na Revista Novas de Alegria (nº 809, Junho de 2010, pág.10), que, no dia 29 de Junho de 2010, pelas 20 horas, no Auditório Agostinho da Silva da Universidade Lusófona de Lisboa (Campo Grande), vai ocorrer o Lançamento da Biografia do Missionário Joaquim A. Cartaxo Martins.
A notícia do evento tinha-me chegado por causa do interesse manifestado, ultimamente, por alguns leitores do meu livro «Recantos do Mundo», acerca deste ou daquele aspecto da obra missionária no Cuanza Sul, Angola. Foram muitos os sinais de que algo relacionado com o «tema» do meu livro estaria iminente. Antes de ler aquele anúncio tinham-me confirmado que estava em fase de conclusão um livro, cuja autoria era do próprio missionário Joaquim Cartaxo Martins, escrito há mais de uma dezena de anos, seguramente.
É uma boa notícia!
Escrevi em Recantos do Mundo: «Porções importantes da história contemporânea perder-se-ão inexoravelmente se não formos capazes de incentivar o surgimento das fabulosas páginas de vida, que, de momento, pairam apenas na alma e no espírito de corpos que o tempo deteriorou…». Se se tratar duma biografia, como vem anunciado, está de parabéns o biógrafo ou estão de parabéns os biógrafos, que «ouviu» ou «ouviram» o meu grito de desconsolo; se se trata duma autobiografia (memórias?), estão de parabéns os que dão à comunidade cristã evangélica em geral o privilégio de ler o que o saudoso missionário nos legou.
Mais vale tarde….
Biografia, autobiografia, memórias (vamos descobrir isso exactamente no dia em que faria 87 anos de idade o missionário se ainda estivesse, fisicamente, entre nós) é pouco relevante; o que importa é que vai ficar disponível para o grande público tal documento, certamente importante, que abrirá outras portas, outras pistas, para a história da evangelização em Angola. Escrito pelo próprio missionário ou por quem lhe conheceu o percurso de vida.
Embora tivesse privado algumas vezes com o missionário Cartaxo Martins (lembro-me dele, em Setúbal, nos anos noventa, sempre atento, quando tentava explicar o que, ainda ele vivia, depois serviu de pretexto ao meu livro Assembleia de Deus OU Igreja do Jubileu - elementos para a compreensão de um processo judicial singular), nunca abordámos, em concreto, a matéria que faria parte do seu livro; falámos, sim, algumas vezes, do «rescaldo» das suas viagens mais recentes a Angola, tema sempre aliciante. Eu próprio não cogitara na hipótese de vir a investigar e escrever o que foi o essencial do seu labor missionário em Angola. Talvez o «impacto» do seu desaparecimento me tenha alertado para a necessidade de perpetuar, singelamente, a obra e o testemunho que nos legou.
Terá sido a pensar no caso dele, que se ausentou antes de nos presentear com a sua autobiografia ou memórias, que dediquei o meu livro Aos que, tendo sido missionários, ainda nos podem legar o testemunho escrito das suas experiências.
O que escrevi em Recantos do Mundo vai ter agora mais conteúdo, provavelmente novos leitores!
José Manuel Martins

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