quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um tempo novo.

Parecem incríveis as transformações que vão ocorrendo todos os dias! As de natureza tecnológica deixam-nos estupefactos e atiram-nos para o sótão das velharias se não lhes dermos a atenção devida e, na medida do possível, se não nos inteirarmos do seu funcionamento. São, em regra, apresentadas como «estruturantes» e, sem elas, não haverá progresso nem bem-estar! Presunção certamente de quem tanto investiu em investigação... pois o progresso far-se-á sempre à medida de cada tempo e, em cada tempo, pode haver sempre um tempo novo...
O tempo novo gera-se a cada manhã, em cada projecto diário, em cada realização, por simples que seja, em benefício próprio, em prol do outro, do irmão, do vizinho, o amigo, conhecido, do que está longe, do que não vemos há muito...
O tempo novo d'hoje tem que ver com o que nasceu ontem, anteontem..., mas também no que em nós está a gerar-se com projecção futura (o futuro é o segundo seguinte!). Afinal, com novas ou velhas tecnologias, importa usar o que está ao nosso alcance com motivação solidária, renovando o tempo novo para servir. Isso é possível de maneiras várias, simples, ao alcance de todos. Hoje tenho no pensamento o amigo que me telefonou ontem. Desleixou-se e foi surpreendido pela doença. Num ápice apresentou-se-lhe um tempo novo de dor, sofrimento. Mas agora está já no tempo novo da recuperação, da esperança, da alegria de viver... Vou colocar, como lhe disse que faria, o tempo novo dele - o de ontem, que era de esperança - na presença de Deus, na qual revigorará para ser sempre um tempo novo presente: sem esperança não há futuro!

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