domingo, 6 de maio de 2018

Esse Jesus!



Esse Jesus!


«Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há-de vir, como para o céu o viste ir». (Actos 1:11)


I - INTRODUÇÃO

Contexto: Calendário litúrgico. Celebramos a páscoa no dia 1 de Abril. Aguardamos o dia 20 de Maio para celebrar o Pentecostes, que faz parte do calendário cristão de comemorações. A data, celebrada 50 dias após a Páscoa, festeja a vinda do Espírito Santo sobre a Terra. Para a comunidade cristã, Pentecostes é descrito em Atos dos Apóstolos 2: no primeiro pentecostes após a morte de Cristo, 50 dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo. O acontecimento encheu o coração dos que haviam recebido a força, e deu-lhes coragem para que pregassem a mensagem de Jesus pelo mundo. Cumpriu-se assim a profecia de Jesus, ao dizer durante sua ascensão aos céus, que enviaria seu Espírito Santo aos homens.


Neste momento, tratamos da Ascensão.

1.Há quem entenda que a ascensão ocorreu no próprio dia da ressurreição do Senhor Jesus Cristo, que vinha de lá estar com os discípulos até este momento em que foi recebido, definitivamente, no Céu: Ver João 20:26: Jesus aparece, de novo, 8 dias depois da ressurreição.

2. De acordo com o texto de Actos Jesus apresentou-se vivo, «com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando do que respeita ao reino de Deus» (v. 3)

3. Fez-lhes certamente o resumo dos três anos que passaram juntos e recordou-lhes quem era, ao que viera e o que lhes reservava, no futuro imediato: estar em Jerusalém, esperar a promessa do Pai. v. 4-5.

II

Neste momento, tratamos de afastar a incerteza.


Depois de lhes ter sido recordado tudo, não podiam continuar a olhar para o céu na incerteza acerca do que sucedeu ou sucederia.

1. A incerteza paralisa a acção e abre a porta a diferentes caminhos - vamos por aqui ou por ali?; perspectiva a acção e a inacção – fazemos ou não fazemos?; deixa em aberto o alcance da acção – ficamos ou vamos?

2. Havia que ir ao Mundo com certeza e coragem!

3. Jesus está no Céu e voltará! (v. 11 e João 14: 3: «E se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também.»

4. Os homens de branco disseram-lhes tudo o que é importante saber para trilhar o caminho da fé: Em quem confiar:

- Esse Jesus: a) a pessoa que está em tal sítio, em tal espaço, em tal função;

- Esse Jesus: a pessoa reconhecida pelo ouvinte a quem se fala, e com quem tem uma relação de proximidade.

5. Ora, era essa proximidade, intimidade, reforçada durante os 40 dias que privou com eles, estando no Céu ressuscitado, que garantiria as duas coisas diante da ausência até um dia: a) A relação com Jesus, agora no Céu; b) a certeza firme do seu regresso.

6. Note-se: Os anjos não deixaram nenhuma dúvida acerca de quem falavam: era «esse Jesus», o que conheciam, o viram fazer milagres, morrer e ressuscitar. Não era outro!

7. Jesus avisara-os que outros se apresentariam como o Messias, outros falariam em seu nome: «Pois muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.» (Mateus 24:5); «Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; mas se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis». João 5:43.

8. Jesus disse: «Não vos deixarei órfãos; virei para vós«. (João 14:18); «Mas o Consolador, o Espírito santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito». (João 14: 26)

CONCLUSÃO

Agora estamos em tempo de reflexão e conclusão.

1. É esse Jesus que conhecemos pelos Evangelhos, pelas Escrituras em geral, pelo testemunho dos que viveram a fé antes de nós e connosco, esse Jesus com quem nos relacionamos, de quem recebemos o Espírito santo, as bênçãos do dia-a-dia e que virá para morarmos com Ele.

2. É esse Jesus que se ausentou mas não mudou. Deixou o ES que nos lembrar sempre quem esse Jesus é, o que ensinou, o que garantiu.

3. É esse Jesus que conhecemos que virá. Não aguardamos um estranho, um conhecido de última hora que não tenha morrido, ressuscitado e ascendido ao Céu. Esse seria um impostor. Não teríamos, com tal, lugar no aprisco.

4. Ademais, temos instruções, desde o princípio, acerca dos falsos cristos: «18 Filhinhos, estamos na última hora. Ouvistes dizer que há-de vir um Anticristo; pois bem, já apareceram muitos anticristos; por isso reconhecemos que é a última hora.19 Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos, porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido connosco; mas aconteceu assim para que ficasse claro que nenhum deles é dos nossos. 20 Vós, porém, tendes uma unção recebida do Santo e todos estais instruídos. 21 Não vos escrevi por não saberdes a verdade, mas porque a sabeis, e também que da verdade não vem nenhuma mentira. 22 Quem é, então, o mentiroso? Quem é, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse é o Anticristo, aquele que nega o Pai e igualmente o Filho. 23 Todo aquele que nega o Filho fica sem o Pai; aquele que confessa o Filho tem também o Pai. 24 Quanto a vós, procurai que em vós permaneça o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também vós permanecereis no Filho e no Pai. 25 E esta é a promessa que Ele nos fez: a vida eterna. 26 Escrevo-vos isto a propósito dos que procuram enganar-vos. 27 Quanto a vós, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que ninguém vos ensine; mas, tal como a sua unção vos ensina acerca de todas as coisas - e ela é verdadeira e não engana - permanecei nele, de acordo com o que Ele vos ensinou. 28 E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando Ele se manifestar, tenhamos plena confiança e não fiquemos cheios de vergonha, longe dele, por ocasião da sua vinda. 29 Se sabeis que Ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça nasceu dele.» I João 2: 18-29

Mem Martins, 29 de Abril de 2018.

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