domingo, 8 de maio de 2016

Fé que é cultura...


Ontem, numa magna Assembleia de Cristãos, falei de Cultura, e sustentei que a Fé só é significante no contexto das relações interpessoais se ela «iluminar» ou «influenciar» todo o nosso conhecimento, que inclui a arte, a religião, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos em família e que integram a sociedade a que pertencemos.

Não se pode falar de acção permanente e relevante da Fé na evangelização, missionação e serviço se ela não corresponder a uma visão global de como estamos e queremos que se esteja na relação com Deus e com os outros. 

A fé que se sustenta nos símbolos duma ou doutra religião pode perpetuar-se em gestos reconhecíveis de significante valor pessoal, mas não muda a realidade das outras pessoas nem do mundo, muito menos a comunicação com a Divindade. 

Sem integrar o testemunho que nos foi deixado pelos homens e mulheres que influenciaram a sociedade a que pertenceram, a fé que professamos é «minimalista», incapaz de alimentar suficientemente a esperança e trazer o futuro ao presente.

Ficam aqui os tópicos dessa comunicação para divulgar o meu livro:

APRESENTAÇÃO
«JOSÉ PESSOA. MISSIONÁRIO POR VOCAÇÃO»
AD. TRAJOUCE
7 DE MAIO DE 2016-05-07
16 HORAS

1.
Agradecimentos.
            - A AD. Trajouce tem-me acolhido sempre com grande carinho, bem como à Letras d’Ouro, e muitos leitores, membros desta Igreja Local, conhecem o que tenho escrito e publicado;
            - Louvo essa atitude, que significa vinculação à cultura evangélica (a fé tornada cultura significa que foi plenamente acolhida, inteiramente pensada e fielmente vivida).

2.
O livro «José Pessoa. Missionário por vocação» faz nesta Conferência todo o sentido.
            - Pela natureza da Conferência propriamente dita: afinal sem Missão não se cumpre a mais importante das tarefas da Igreja que é alargar o Reino de Deus que está entre nós;
            - Porque a Missão foi o fulcro do ministério de José Pessoa
a) A Missão Pentecostal em Portugal, em particular em Lisboa, nos anos 30/40 do século passado
                        - Casa de Oração na Rua da Verónica;
                        - A chegada a Portugal de Tage Stählberg;
                        - O trabalho missionário dos Drs. Bowkers:
                                                                                  Lisboa, Amadora, Oeste, Covilhã…
                        - A saída do primeiro missionário Pentecostal para Angola: C. Martins…
b) José Pessoa e o trabalho missionário na Guiné-Bissau Portuguesa
                        - A relação com os missionários Bowkers;
                        - O namoro com Mary Bakken;
                        - A preparação para a Guiné;
                        - A continuidade da Missão na Beira Baixa e depois nas Beiras em geral;
                        - Coimbra, a grande Igreja Missionária dos finais dos anos 60:
                                   Apoio à Guiné
                                   Timor
                                   Alargamento nas Beiras
                                   Os recursos internacionais - ajudar a Missão e Cultura Evangélica (CAPU)
            c) A manifestação da convicção Missionárias em areópagos internacionais
                        - Discurso na Europa dobre Missão/Evangelização (Pág. 207, Nota 213 do Livro).
3.
O livro «José Pessoa. Missionário por vocação» e o seu mérito
            - As raízes do Movimento ou Denominação interessam para saber «do que falamos», «com quem estamos», «como nos identificamos», «como alcançar objectivos comuns», etc.
            - É pena que se ergam entraves para que a fé se torne cultura.
                        a) Desconhecer os que foram heróis entre nós…
                        b) Desconhecer o que ensinaram…
                        c) Desconhecer o que lutaram…
                        d( Desconhecer o que legaram…
            são,  entre outros, entraves à fé transformada em cultura (a fé é o que conhecemos, é fé é o que antecipamos, a fé é o «sangue» da alma…)
4.
O livro «José Pessoa. Missionário por vocação» é um simples contributo para manter o vínculo cultural que caracteriza as Assembleias de Deus que ainda se identificam com as raízes e valores do Movimento Pentecostal em Portugal
5.
Fico triste ao saber que há líderes que não sabem quem foi José Pessoa, como Ministro de Deus e Missionário por vocação…
6.
Jesus é o Senhor. Isso não invalida, antes exige, que a cultura (a nossa cultura) inclua e faça seus os testemunhos de vida dos que nos antecederam e influenciaram. (heróis da Fé em Hebreus).

Conclusão:
Então, façam os esforços todos para que haja missão inspirada no exemplo de todos quantos têm obedecido à ordem de Jesus.
Leiam este meu livro.
Trajouce, 7 de Maio de 2016.

José Manuel Martins
                                   






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