Prata e ouro, como pedras
Cedros como figueiras bravas
Cavalos e carros de guerra
Recolhidos, antes criados
Em campos do Egipto, Cilícia,
Armas dos intuitos bélicos
Na alma dos reis vizinhos.
O poder sobre o reino insufla
De manso milícias brutas,
Guerreiras à porta da tenda
Do encontro com o Divino
Há ânimo no coração do rei
Para poupar os inimigos,
Mudando o paradigma.
Riquezas, tesouros e honras,
Coisas vãs tanto como viver
Mil dias ardendo no fogo
Da vingança e ódio d’ontem
São ervas daninhas no seio
Do povo erguido como grãos
De pó da terra conquistada.
Que quer o rei que pode pedir
Coisas além dos seus limites
Se tem em mãos um projecto de paz
De fartura que não houvera?
Sabedoria, inteligência,
Pilares do sonho por cumprir
A realeza, Jerusalém!
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