Há os que se prestam como núncios
das vozes que correm
contra os fracos
querendo tirar-lhes pão, dignidade.
Por si, protegendo pecúlios
seus e dos que lhes pagam a prosa
sempre na mira de vastos despojos.
Afinam a voz sob uma sílaba
do discurso recalcitrante do poder
ordenando às más hostes a guerra.
Há os que só querem ser arautos
da voz de comando a favor da paz
ainda que soe clarim de guerra.
Dão-se sempre ao cuidado de ouvir
o que Deus tem p’ra dizer e logo vão
e anunciam-no contra as turbas.
Podem ser régias as regras da guerra
Podem ser dos fortes as vozes do mando
Só falam – juram- o que Ele mandar!
A lembrar-me do proscrito Miqueias, que falou contra a
corrente.
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