quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O que precisamos é de... amor!


1. Ontem o dia começou «mal». Eu conto, porque a experiência duns é «o salva-vidas» doutros. O meu carro tem que ir à inspecção (essa coisa dolorosa, inventada para fazer negócio e que tem o lado bom de nos obrigar a gastar o dinheiro que nos falta em nome da segurança rodoviária) e, por isso, fui pô-lo na oficina. (Ontem tinha estado na MIDAS, com marcação prévia, e onde me disseram que tinha que substituir o que há um ano lá substituíram e que não me garantiam êxito na inspecção porque havia um sinal de «erro» no airbag que não conseguiam apagar porque não tinham... electricista! Fui buscar o carro e MIDAS nunca, nunca mais!).
O curioso é que, hoje, já me telefonaram da oficina, que escolhi, em alternativa, para reparar os travões, coisa que a MIDAS disse estar em bom estado... E a conta é pesada. Mas são os travões, carago, e os meus filhos andam com o carro (mais do que eu!). Não sei ainda quanto vai custar a dolorosa mas com a perda de rendimentos em curso... já disse à minha mulher que vou comprar o passe e passar a andar de transportes públicos (o meu filho mais velho disse-me logo que essa atitude é de quem tem 85 anos...! Fiquei «machucado»! Se não queremos andar de carro, somos...velhos!).
Cuidado! Levem o vosso carro à inspecção e, no mínimo, invistam no bom estado dos travões! Mas escolham a oficina que vos dê confiança: barato e publicitado pode sair furado!



2. Meu caro Joaquim: Não «abortes»! Vai até ao fim e «alivia-te» no tempo certo, isto é, quando a obra estiver perfeita (para ti, que é o que mais importa; o que dirão os outros, saberás depois...). Quando tive «enjoos», parei... recobrei alento, comi mais do mesmo (continuie a ler, a pensar, a passar ao papel...) e, depois de muitas releituras (até depois da revisão do revisor...), larguei mão da obra e aqora estou a aguardar o m omento em que a terei nas mãos, ainda com odor intenso a tinta! O que dirão dela os outros? Para uns será bonitinha, engraçadinha, fofinha... para outros uma estopada, ou outras coisas menos moralizadoras... Mas como o que está feito, está feito, não há mais nada a fazer! Espero que «dês à luz», rapidamente e, como sempre, «apadrinharei» o «menino», com estima e consideração. *

*Esta nota veio a propósito de ter escrito antes o seguinte:
 «Andei meses a trabalhar num «projecto de escrita» (vai dar à luz em breve...) e fiquei totalmente exaurido (preciso de recuperar!)... Escrever só na lista de compras do mês!
(…) Salvou-me de ficar pírulas com a escrita as muitas leituras extra-tema: fui lendo «Nos Segredos do Templo de Salomão», de Bernard Lenteric (grande romance deste autor francês), «Os Retornados, um amor que nunca se esquece», de Júlio Magalhães (deprimiu-me talvez por ter vivido «aquela estória» e não ser bem assim...), «O Fim da Memória, interrompendo o ciclo destrutivo das lembranças dolorosas», de Miroslav Volf (obra difícil, mas com uma mensagem simples, tal como a entendi: a memória falseia a realidade, cuidado com ela...), «manuel muhongo ou a queda do pescador», de António Valis (o ambiente é uma cela angolana onde meteram, sem justiça, um pescador da ilha de Luanda, que conheceu o antes e o depois da independência). E muitos outros...»

O Joaquim aproveitou o meu «dar à luz em breve» para referir que está a «conceber» um outro livro da sua autoria (para quem não sabe, iniciou-se na escrita com «Na Rota de Diogo Cão»).

3. Pois é, Joaquim, somos uns «ambientalistas» nessas pequenas coisas! Por acaso já tinha estranhado não ver «desperdícios» como «ferramenta» de trabalho... *
Já ando de carro... inspeccionado! Passou com um reparo: o vidro da janela traseira direita (que abre electricamente...) estava avariado. Já funciona...
Foi um pouco mais de 500 euros. Só de IVA... façam as contas! Como é que podemos contribuir para «a procura interna» quando pagamos uma batelada por qualquer coisinha que é essencial à nossa vidinha diária!? Ainda se o IVA fosse a 1000% no tabaco, nas bebidas «chiques», nos perfumes caros, na roupa de marca - sim, também...-, no telemóvel comprado para substituir outro com menos de dois anos de uso... eu sei lá! Podia-se resolver ainda a questão orçamental pedindo recibo à empregada de limpeza, à cabeleireira, não sair sem ele do consultório médico, do escritório do advogado… pedir recibo ao canalizador, ao pedreiro por biscates, enfim... a todos quantos trabalham e não contribuem para a comunidade... dizem que isso vale 25% de impostos que não entram nos cofres do Estado...
Enfim, voltando ao ambiente, apesar dessas exigências nas minudências, não há uma alminha, por exemplo, que deite um olhar para o que vai de entulho (plásticos, mais plásticos, latas, embalagens de todo o género...) na margem do meu «esteiro» do Tejo, aqui na Baía da Amora e do Seixal... A Câmara, ou quem tem essa competência, devia aproveitar a ocasião de haver tanta gente à procura de trabalho (Disse bem, ou é emprego?) e dar uma mãozinha no ambiente, recolhendo os detritos que «outras mãozinhas» incivilizadas lá vão deitando para o rio...
Com muito ou pouco ambiente, o que interessa é que andemos de «alma lavada», que não nos percamos na insegurança do presente, antecipando para hoje o que sonhámos seja o nosso futuro, passando a viver em conformidade! Disse alguma idiotice!? Talvez... mas cá para mim, o melhor mesmo é viver tudo o que queremos viver (e queremos o melhor!) já, mesmo que só de esperança se faça o nosso quotidiano...
* O Joaquim levou o carro à oficina onde soube que, agora, não se usam desperdícios para limpar as mãos…

PS: Os dias passam e o que precisamos é de... amor!

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