quinta-feira, 19 de maio de 2011

E agora!

Andaram por aí os líderes políticos a perorar, dois a dois, durantes semanas, e «aos molhos», num só progrma de TV! Falta o grande embate, que os «politólogos» promovem como sendo decisivo para o destino dos portugueses! Isto é apenas a amostra porque vêm aí as «arruadas», a propaganda ruidosa, a profusão de palavras gravadas e o papel às toneladas, ou seja, vai começar a campanha eleitoral que culminará na decisão popular, nas urnas, no próximo dia 5 de Junho.
O que tínhamos que ouvir, está dito. De seguida, não se ouvirá nada nem ninguém: apenas barafunda e ruídos ensurdecedores. Sempre foi assim e desta vez, com mais ou menos dinheiro, não será diferente. É a festa de quem milita e já está convencido e não mudará de «clube». E então que o embate está anunciado como se fosse um quase Porto-Benfica, para gáudio de adeptos ferrenhos... Não é nas mãos desses que está o Futuro de Portugal, certamente! Estará nas minhas, nas dos que têm referências ideológicas, propugnam um combate por valores e sabem que antes de tudo estão as pessoas!
E agora, amigos?
Para onde vamos, qual é o nosso futuro?
Podemos ir pelo caminho por onde temos caminhado, guiados por quem sentindo-se «iluminado» nos encaminhou para a beira do abismo; podemos ir atrás dos que declaram alto e bom som «não pagamos, restruturamos!»; podemos optar pelos que dizem que pedir emprestado é o mal menor mas não sabem onde vão buscar o dinheiro para pagar; podemos ir na onda dos que dizem que podemos continuar a viver «à grande e à francesa», sempre por conta de quem nos vai emprestando e quem vier a seguir que pague; podemos embalar-nos na demagogia barata dos que capitalizaram alguns votos, em campanha eleitoral recente, fazendo da política um circo, à custa dos desencantados da democracia e que a ridicularizam fazendo essa opção (legítima)de voto; podemos, agora, para esquecer o que tem sido normal, optar por quem garante estar a favor dos animais e da natureza (não esquecem as pessoas porque elas também são animais e vivem em contacto com a natureza..., numa manifestação idílica do mundo como se, de facto, não estivessemos em vias de perder o pão para a boca); podemos ir atrás da quimera do nacionalismo, da enxota dos imigrantes, da saída da Europa, da moeda única; podemos encarar a proposta de um governo de esquerda e patriótico (isso significa o quê, no nosso contexto?) que nacionaliza os bens rentáveis e os entrega à gestão de comissários políticos, que está contra os banqueiros e contra quantos almejam investir e lucrar; podemos até concordar que é a altura de recuperar a monarquia, de reduzir o número de Deputados, de acabar com os governos civis, juntas de freguesia, concelhos... Enfim, não nos faltam propostas! Isto se não quisermos ficar em casa ou não nos dermos ao trab alho de as estudar para formarmos uma decisão que nos salve como país...
Sim, precisamos duma solução que nos tire deste atoleiro, onde chafurdam os «políticos das Jotas», do carreirismo, do amiguismo, do interesseirismo... Portugal não acaba no dia 5 mas seria bom que passasse a ser conduzido por gente de bem, que sabe o que é servir... Afinal, que queira efectivamente ser ministro em prol dos interesses do povo, de todos nós...
E agora?
Abstemo-nos? Votamos em branco? Anulamos o voto? Mantemos a coerência de sempre (falo para mim, que não tenho na cabeça uma sigla e não vivo pré-determinado e posso decidir dentro do meu quadro de referência de valores: só não me peçam que dê o voto aos que legalizaram casamentos homossexuais, o aborto em condições desumanas, malbaratam o dinheiro em acordos ruinosos, em subsídios aos que nada fazem por opção e em obras de regime improdutivas...) e não mudamos de sentido de voto?
E agora?
Vamos votar e depois intervir civicamente em coerência com a opção que fizermos? Ou seja, cuidar, em acção, do destino de Portugal até às próximas eleições? Não podemos confiá-lo exclusivamente aos partidos políticos porque eles, depois das eleições, tendem a esquecer as promessas feitas...

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