terça-feira, 3 de maio de 2011

Sem brilho no rosto...

Esvai-se em inutilidades o tempo

embotando de cinza escura

o sentido da vida dos homens.

Escuso ainda o sol matinal

e vão eles, iludidos, de novo,

à espera que suceda o pensado.

Não, está em marcha o contrário,

decidido atrás da moita escura,

na noite dos que desesperam.

Alheado, sem norte,

vêm da lida de mãos vazias

os que sem brilho no rosto fenecem.

Os outros, que não desistem,

vão, amanhã, erguer-se de novo

mudando a cor do destino.


JMM


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