Falta prata, falta ouro
dinheiro de uso vital:
estou falido, afinal?
Para uns, sim, é o normal
tudo abaixo de zero:
vaticínio tão severo...
No âmago, pois, cá dentro
há um grão para semear:
dizer ao coxo: Levantar!
Sem bolsa diante dele
deparo com os seus olhos:
de pé, colhe os teus molhos!
Falido, de bolsos escassos
pode ser, é habitual:
é quando cai o pedestal.
A mão está estendida
um aleijado quer o pão:
dou-lhe as pernas sem tostão.
O que tenho, é o que dou
eis a fé vitoriosa:
Simão na porta Formosa!
JMM
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