Estou a pensar na responsabilidade das minorias que conquistam o poder e se comprometem a exercê-lo em prol de todos. Não há carga mais difícil de levar! Mas é nessas situações que os homens se elevam: podiam cuidar dos seus interesses e empenham-se em cuidar dos de todos! O exercício é difícil porque o silêncio dos que nada disseram tem de ser permanentemente interpretado no sentido de que o bem deve ser para todos, o mal (se o houver) deve ficar a cargo de quem não o evitou... Quando o meu voto, a minha opinião, a minha participação, como eleito, forem necessários pensarei sempre no que faria se tivesse recebido o voto de 98,57% de todos quantos podiam votar e o não fizeram (não interessam as razões)!
(Como é óbvio, não estou a falar das minorias que chegam ao poder pela força das armas ou por qualquer outra forma coactiva de conquistar o poder. Não! Estou a falar do resultado dumas eleições democráticas, limpas, sem fraude, à luz do dia, às quais se apresentou uma única lista. Os candidatos foram eleitos por 98,57% dos votos expressos. Só que, num universo de mais de 3000, apenas votaram 140...)
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