quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Celebração dos 500 anos da Reforma: 1517-2017 - Parte IV

Tópicos sobre a Reforma Protestante em Portugal

(Celebração dos 500 anos da Reforma: 1517-2017)

Parte IV


HOJE, em particular para os evangélicos, as questões essenciais da Reforma resumem-se à salvação pela Fé, pela Graça e a sua base única são as Escrituras Sagradas, que todos devem ler e interpretar, e o sacerdócio universal dos crentes.

Os pentecostais, no início do século 20, trouxeram uma ideia mais radical, inspirada na Igreja do I século: os pressupostos são os que a Reforma protestante afirmou quanto à salvação pela Fé, mais a manifestação do poder do Espírito Santo em línguas estranhas e o poder de curar e expulsar demónios em acção.

Em boa verdade, a Igreja Católica Romana era quem se dava ao cuidado de relembrar Lutero para ostracizar os protestantes – todos os que se identificavam com as ideias da Reforma ou do valor da Escritura Sagrada nas mãos de cada cidadão.

Dizer mal de Lutero, aproveitando as homilias dominicais, a quem não conhecia a essência da Reforma e o que ela representou para os povos do Norte da Europa e, depois, para o surgimento dos movimentos avivalistas que mudaram a face do cristianismo no planeta, acirrava os ânimos e justificava a perseguição e os maus tratos populares (às vezes, também das autoridades administrativas, com apoio ou «alheamento» das policiais…) aos protestantes em geral.


Até meados do século 20, quando a Igreja Católica Romana admitiu considerar os protestantes como irmãos separados, em Portugal sempre opôs barreiras ao que se denominasse cristão e não se contivesse nas fronteiras do seu «aprisco».

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