Tópicos sobre a
Reforma Protestante em Portugal
(Celebração dos 500
anos da Reforma: 1517-2017)
Parte IV
HOJE, em particular para os evangélicos, as
questões essenciais da Reforma resumem-se à salvação pela Fé, pela Graça e a
sua base única são as Escrituras Sagradas, que todos devem ler e interpretar, e
o sacerdócio universal dos crentes.
Os pentecostais, no início do século 20, trouxeram
uma ideia mais radical, inspirada na Igreja do I século: os pressupostos são os
que a Reforma protestante afirmou quanto à salvação pela Fé, mais a manifestação
do poder do Espírito Santo em línguas estranhas e o poder de curar e expulsar
demónios em acção.
Em boa verdade, a Igreja Católica Romana era quem
se dava ao cuidado de relembrar Lutero para ostracizar os protestantes – todos os
que se identificavam com as ideias da Reforma ou do valor da Escritura Sagrada
nas mãos de cada cidadão.
Dizer mal de Lutero, aproveitando as homilias
dominicais, a quem não conhecia a essência da Reforma e o que ela representou
para os povos do Norte da Europa e, depois, para o surgimento dos movimentos
avivalistas que mudaram a face do cristianismo no planeta, acirrava os ânimos e
justificava a perseguição e os maus tratos populares (às vezes, também das autoridades
administrativas, com apoio ou «alheamento» das policiais…) aos protestantes em
geral.
Até meados do século 20, quando a Igreja
Católica Romana admitiu considerar os protestantes como irmãos separados, em
Portugal sempre opôs barreiras ao que se denominasse cristão e não se
contivesse nas fronteiras do seu «aprisco».
Sem comentários:
Enviar um comentário