quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Celebração dos 500 anos da Reforma: 1517-2017 - Parte III


Tópicos sobre a Reforma Protestante em Portugal

(Celebração dos 500 anos da Reforma: 1517-2017)

Parte III


Por isso tudo e muito mais, não há notícia, de modo evidente e com «expressão popular», antes de meados do século 19, da presença do protestantismo em Portugal.
O que se sabe, até então, respeita à experiência de veneráveis cidadãos portugueses que, pessoalmente, aderiram à fé reformada no estrangeiro ou em contacto com estrangeiros em Portugal.
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Foi a experiência do Dr. Kalley, na Madeira, por volta de 1838, 320 anos após a fixação das teses de Lutero, que a Reforma Protestante, na sua expressão organizada e evangelizadora, se mostrou em Portugal.
Foi um experiência marcante, que mobilização milhares de portugueses pobres, iletrados. Ele era médico, com competências reconhecidas em Lisboa, capital do Reino, e divulgou a Escritura Sagrada, ensinou a ler, tratou dos corpos e das almas de milhares de madeirenses pobres e analfabetos…
Porém, não durou muito, por causa da perseguição que lhe foi movida. Acabou nas mãos da justiça, preso, depois libertado para continuar o seu ministério até ao impedimento absoluto pela conjugação da forças das autoridades religiosa católico romanas e o poder político, realidades sempre «casadas» para se opor à divulgação da Escritura no seio do povo.
Centenas de portugueses foram para a Ilha Trindade, Brasil e Estados Unidos, onde deram expressão à sua nova fé, formando igrejas, evangelizando…

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Depois dessa experiência, já próximo do fim do século 19, se constata a presença dos protestantes no norte de Angola.
    A expulsão dos jesuítas deixara aberta a oportunidade no campo do ensino. Depois, a imposição das potências protestantes do Norte da Europa, do Reino Unido e dos novos países da América do Norte, na questão da divisão do Continente Africano e da manutenção da posição portuguesa em Angola, abriu caminho para as grandes Sociedade Missionárias protestantes iniciarem trabalhos na área do ensino e da saúde nessa parte do território ultramarino.

Evidentemente, como está referido antes, na segunda metade do século 19, também os estrangeiros, residentes em Portugal e suas famílias, celebravam o Culto Protestante.

Parece que é consensual: estas manifestações da Reforma, digamos assim, são já iniciativas do protestantismo filtrado pelo tempo e revivalista. São iniciativas que começam do zero, não há crentes a quem pregar, há gente para evangelizar.


Os protestantes e, mais tarde, os evangélicos trazem o Evangelho e os destinatários são também os católicos romanos que precisam de salvação. 

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