quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Estou exausto!

Já comi a ração de combate e estou deitado a ouvir a ruidosa bicharada que acordou para percorrer os cantos da mata à procura de alimento... a viver! Ouvem-se os ais famintos de quem passou o dia à sombra, enquanto eu (nós) queremos conciliar o sono antes que o capim endureça...


Estou exausto! É verdade que a guerra foi suave e passei o dia a escrever aerogramas à sombra dum arbusto, mas o regresso ao aquartelamento foi feito a pé, por entre capim alto e à descoberta de ponto firme para pôr o pé... A espingarda, o bornal dos «pertences» e onde também vão as rações de combate, a mochila com os utensílios de socorro (afinal, é para isso que vou no grupo de combate..), as botas.... Estou exausto! Espero que o motor não tenha pifado e que a água chegue ao tambor que alimenta o chuveiro... Doutra forma, mesmo exausto, lá vou ter que desencantar baldes de água para me ver livre, o melhor que puder, do «surro do mato»... Estou exausto!

Sem comentários:

Enviar um comentário