quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sem anos…

Entre as formosas estás bem,
Ouv’o que o espelho diz:
que semblante tão feliz!
Gotejaram pingos de dor
d’olhos cerrados de pranto:
’tas bela, amor, garanto!
Um, dois pêndulos áureos,
raras peças de artesão:
tens faces belas sem senão!
Pérolas, prata e ouro,
à volta do teu pescoço:
deslumbras-me, não sou moço!
Volta de novo ao espelho,
olvida que tens cem anos:
Sonha, vive, faz planos!

JMM

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