quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Notas soltas…

Vamo-nos aquecendo sob os raios solarengos de Outono, que mais parecem de Verão! Hoje, na minha cidade, escaldámos sob temperaturas de 32º graus... O bom disto é que, a poucos quilómetros daqui, estende-se um areal dourado, a perder de vista, da Caparica ao Cabo Espichel, deserto – quase deserto... porque isto da margem sul do Tejo ser um deserto tem muito que se lhe diga... – livre das multidões sôfregas de praia que arribam da capital e arredores nos meses de canícula.
Foi bom entrar, nestes primeiros dias de Outubro, nas águas cálidas do mar de um incomum Outono, um pouco «poluídas» pelos limos arrancados ao fundo do mar, que lhe davam um tom castanho intenso, querendo, assim, dizer que já é tempo do declinar da vida, e fruir do que temos aqui tão à mão, tão nosso... Viva o Verão de Outono!

Enquanto por cá o Sol brilha, lá nas montanhas, algures no Canadá, a neve já branqueia os jardins dum amigo, a quem um outro, para dizer que não é só lá que neva, mandou fotos tiradas Caneças, que não fica longe, onde também nevou... mas há muitos anos e o facto teve direito a registo fotográfico!

Agora, depois do ciclo (ciclo, disse bem, não circo...) eleitoral, o que mais conta é o futebol! Andam por aí uns azuis, uns vermelhos, uns verdes ferrenhos… mas eu estou a falar do futebol ao mais alto nível: o da selecção nacional! Vamos ganhar, pois então! Depressão por depressão já vasta aquela que resulta do mapa desenhado pelo voto dos portugueses não ter muito a ver com a camisola dos campeões nacionais de futebol… E antes que aconteça uma falha de energia (eu estou a debitar sem rascunho, sem recear as consequências: não é pressuposto neste espaço falar-se das coisas de ontem!?) e se vá tudo o que escrevi para o caixote do lixo invisível que vamos todos gerando (hoje, quem escreve, não rasga e deita fora: apaga!) vou tirar os sapatos, sentar-me no sofá e esperar que a malta portuguesa «bata» forte e feio na Malta que quer atrapalhar o sonho português de estar no Mundial e esquecer as maleitas sociais que por cá nos corroem sem piedade... Também falha a energia neste país desenvolvido da EU e a falta dela gera muito lixo… De qualquer modo, o que vou dizendo – sem nexo, certamente, mas com o coração muito limpo e desejoso de partilhar alguma coisa convosco, leitores –, neste espaço que esteve tão sereno desde a última «crónica», não faria falta se a energia se apagasse e com ela apagasse a escrita… Aumentaria o lixo no caixote invisível onde está tudo o que escrevemos e pagámos…

Viva o futuro, que é já agora! Temos um novo primeiro-ministro indigitado que passou pela lavandaria... agora tem um coração limpo! Quer amar como nunca os portugueses e dar-lhes, com base no programa que fez sufragar por uma maioria confortável, mais do mesmo: desemprego, desemprego... auto-estradas, auto-estradas... aeroporto... ponte, terceira travessia… contentores, contentores... enfim! Um coração limpo para permitir fazer a síntese do rosa com o laranja, com o vermelho, o azul... com uma cor qualquer para felicidade dos portugueses que tanto prezam a estabilidade da governação! Vão ser tempos coloridos, os que se avizinham (aqui não há neve que gele os corações limpos e cheios de ternura pelos portugueses, como parece que ela faz às folhas das árvores algures, não as deixando colorir o Outono como é costume...).

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