quinta-feira, 11 de junho de 2009

Recordando

No pretérito mês de Julho, foi dado à estampa pela «Letras d’Ouro, editores» um novo livro do Dr. José Manuel Martins, que já antes publicara «Assembleia de Deus Ou Igreja do Jubileu» (2002), «Zau-Évua – terra de ninguém, sítio de vivências (2003) e «Recantos do Mundo» (2004).

Sob o título «entre laços d’Ontem» o autor, num registo realista, resgata do passado episódios de vida, próprios ou tomados de empréstimo, e, através deles, umas vezes historiando outras recorrendo à fantasia, releva virtudes e defeitos da condição humana, sempre presentes no processo de «aproximação» ao futuro em permanente edificação. Nas próprias palavras do autor, nesse processo «podemos (…) conclamar o passado e transformá-lo em ferramenta do futuro que hoje estamos a edificar, para, depois, o depositar nas mãos do…Eterno!»

E se o passado é «dores que doeram», importa retirar dele os marcos das vitórias alcançadas e o «estímulo espiritual, moral e anímico» para hoje vencer tais dores e amanhã evitá-las.

Na obra estão visíveis «marcas de vida, sinais que o tempo não apagou, dores que doeram, feridas que sararam». Sendo «entre laços d’Ontem» um olhar para trás, não estimula, porém, a contemplação do passado, a vida vivida, antes sugere que do que aconteceu venha alento novo para «edificar o futuro, que é o tempo que falta viver».

Num registo narrativo empolgante e linguagem comum, desvinculada do «vocabulário sacro» mas sempre elevada, o autor vai deixando vincados, qual arado, os sulcos dos trajectos de vida que são referências de quem, não tarda, se vai recolher no seio do Eterno, destino de eleição: esperança, fraternidade, confiança, lealdade, fé, fidelidade, estoicismo…

 

 

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